sexta-feira, 18 de maio de 2007

Justificando o injustificável

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio, comparou uma vez os deputados a uma turma de universitários: andam em bando, assinam a lista e muitas vezes vão embora, comportam-se de modo, digamos, pouco sisudo. Pois bem: dados levantados pela coluna vão ao encontro das observações do tucano. É que os deputados novatos, aqueles em primeira legislatura, são mais assíduos que os veteranos. Vejamos: entre os 70 deputados paulistas, metade pode ser considerada “novata”, e metade, “veterana”. Vamos deixar de fora da contagem o falecido deputado Enéas e seu sucessor. Desde que eles assumiram o cargo, em 1º de fevereiro, 34 deputados “novatos” faltaram 212 vezes em plenário – e 35 deputados veteranos, 251 vezes. Nas comissões temáticas, importantíssimas no dia-a-dia da Câmara, a diferença aumenta: os novatos faltaram 95 vezes. Os veteranos, 166. No caso das faltas em comissões sem justificativa, a diferença chega ao dobro: 65 faltas contra 128. E isso tudo, repito, sem as inúmeras faltas de Enéas, por motivos médicos. Por que isso tudo acontece talvez seja um assunto para sociólogos, cientistas políticos... mas também é um assunto para eleitores, pois não? A banalização das faltas no Congresso é um fenômeno que precisa ser observado pelos brasileiros. Vai o caro leitor faltar desse jeito no trabalho para ver o que acontece. Brasília, capital do Brasil. Alceu Castilho, para a Netpress.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vou tentar justificar parcialmente:
"Em termos!"
:)

Se o cara vota tudo que é necessário votar e atende seu eleitorado, por mim ele é um bom congressista!
No entanto, é certo que se ele não tem um mínimo de presença na casa, então não há como ele realizar suas tarefas...

Um Abraço!