terça-feira, 29 de maio de 2007
Renan e os R$ 100 mil
De onde vieram os R$ 100 mil? É a pergunta que o Brasil agora faz.
Uma pena o mandato de um senador ser tão longo. Não fosse, e caso Renan Calheiros tivesse sido reeleito no ano passado, teríamos uma declaração de bens atualizada.
Na declaração de bens de 2002, José Renan Vasconcelos Calheiros enumerou:
- uma casa no Lago Sul, em Brasília;
- um apartamento em Ponta Verde, em Maceió;
- um apartamento em flat, em Brasília;
- um Toyota Hilux 2001 (um dos carros preferidos pelos parlamentares);
- um Mitsubish L.
Não há nenhuma menção sobre valores em banco ou outro tipo de aplicação.
Sim, o salário de senador permite a economia de R$ 2.083 durante quatro anos (e cinco meses). Mas vimos, por exemplo, que a pensão alimentícia à jornalista ultrapassou durante um bom tempo seu salário líquido como senador.
Aguardemos, portanto, explicações mais completas.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
De costas para os índios
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Justificando o injustificável
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio, comparou uma vez os deputados a uma turma de universitários: andam em bando, assinam a lista e muitas vezes vão embora, comportam-se de modo, digamos, pouco sisudo. Pois bem: dados levantados pela coluna vão ao encontro das observações do tucano. É que os deputados novatos, aqueles em primeira legislatura, são mais assíduos que os veteranos. Vejamos: entre os 70 deputados paulistas, metade pode ser considerada “novata”, e metade, “veterana”. Vamos deixar de fora da contagem o falecido deputado Enéas e seu sucessor. Desde que eles assumiram o cargo, em 1º de fevereiro, 34 deputados “novatos” faltaram 212 vezes em plenário – e 35 deputados veteranos, 251 vezes. Nas comissões temáticas, importantíssimas no dia-a-dia da Câmara, a diferença aumenta: os novatos faltaram 95 vezes. Os veteranos, 166. No caso das faltas em comissões sem justificativa, a diferença chega ao dobro: 65 faltas contra 128. E isso tudo, repito, sem as inúmeras faltas de Enéas, por motivos médicos. Por que isso tudo acontece talvez seja um assunto para sociólogos, cientistas políticos... mas também é um assunto para eleitores, pois não? A banalização das faltas no Congresso é um fenômeno que precisa ser observado pelos brasileiros. Vai o caro leitor faltar desse jeito no trabalho para ver o que acontece. Brasília, capital do Brasil. Alceu Castilho, para a Netpress.